CAPTURA RARO
A noite havia caído e eu ainda não chegue a lugar nenhum. No momento, estava em cima de um morro cheio de cascalho solto e com poucas árvores. Cada passo que eu dava, tomava cuidado, pois a queda seria bem feia.
Conforme a altura do morro ia aumentando, a força do vento também crescia. Chegou num ponto em que tive de semicerrar os olhos para poder continuar andando. Olhei para o céu, mas não vi nenhuma estrela, porém, percebi as várias e carregadas nuvens. E não demorou para começar a chover e relampear. Meus olhos ardiam quando as gotas d'água batiam neles, pois estavam pesadas. O clarão e estrondo dos raios era constante e, então, só vejo outro flash, só que dessa vez mais perto, e dou alguns passos para trás, ficando perto da beirada.
O estrondo fez meu corpo tremer e o cascalho sob meus pés se soltar. A gravidade fez o resto: levou meu corpo morro a baixo. Parecia que não iria acabar, e cada vez que meu corpo rolava, doía mais ainda. De repente, sinto uma forte pancada contra minha barriga e eu paro. Tusso um pouco e percebo que acabei colidindo com o tronco de uma árvore. Meu corpo ardia em quase todas as partes, sinal de arranhões e cortes. Doeu muito, mas consegui ficar em pé. Foi então que senti uma pontada de dor subindo do meu pé esquerdo até a região do meu joelho. Talvez eu tenha torcido o pé.
Me apoio no tronco e olho em volta. A chuva, que agora estava forte, diminua quase pela metade o meu campo de visão. Felizmente, consegui ver algo que parecia uma construção. Manco até o local e percebo que era um Centro Pokémon abandonado. Olho através da porta de vidro mas não consigo ver muita coisa, pois tal estava embaçada. Tento abri-la, mas não consigo.
Levo a mão à Pokébola presa em meu cinto, deixo-a em tamanho real e digo:
–Treecko , preciso de sua ajuda. – O Pokémon saiu da esfera e fez uma expressão preocupada ao me ver.
– Não se preocupe comigo. – Sorrio nervosamente e coloco minha mão esquerda numa região dolorida de meu bíceps direito. Não digo nada, apenas sinto o líquido denso escorrer de um corte profundo que ali estava.
– Por favor, tente abrir essa porta com o Pound.
Ele o fez sem hesitar. Dois tapas nas laterais de cada porta pela pequena fresta que eu havia conseguido fazer, e cada um puxa para um lado. Treecko consegue abrir a porta suficiente para que eu passasse, então, o fiz.
– Ela abre com um sensor de movimentos. Mas como aqui está sem energia, deu nisso.
Digo após analisar o pequeno aparelho acima da porta. Volto meu olhar para dentro do local. Haviam ainda alguns aparelhos abandonados, poucos deles tinham uma ou duas luzes piscando. Olhei para Treecko e falei:
– Só iremos passar a noite aqui. Sei que está assustado, mas não se preocupe.
Sento e encosto minhas costas na parede. Pego minha Pokédex e vou na opção "Mapa", porém, ela não conseguia localizar. Os raios constantes estavam interferindo no sinal, ou quem sabe até mesmo um aparelho com problema, algo dentro do Centro Pokémon. Solto um suspiro.
Vasculho minha bolsa e encontro uma gaze. Com ela, enfaixo o corte em meu bíceps direito, alguns outros ferimentos na região das pernas e, com o que sobrou, enfaixo também meu pé com cuidado, pois estava doendo muito.
O tempo foi passando e, meus olhos foram fechando pouco a pouco. Mas um barulho parecido com o de metal surgiu. Treecko também desperta e ficamos de pé, atentos.
– Deve ter sido somente o vento que derrubou algo. –
Penso e falo para Treecko, mas, de repente, um raio é disparado em nossa direção, mas abaixamos e conseguimos desviar a tempo. Então, um Pokémon aparece a alguns metros de distância. Seu pelo era branco menos o rosto que era azul bem escuro, Sua cauda não era tão grande mas parecia um tipo de espada. Seus olhos escuros e brilhantes estavam fixos em mim e Treecko. O Pokémon estava prestes a nos atacar, mas antes, num rápido movimento pego minha Pokédex e miro nele.
pokedex;
- Absol, o Pokémon felino. Seu corpo azul escuro e cinza é coberto de pele branca,com um colar no pescoço e no peito,e um topete no topo de sua cabeça adornada com um único oval azul/preto.Ele tem uma cara de gato e em sua testa a um chifre enforma de foice ao lado de sua cabeça. Seu corpo é elegante e felino,tornando-o adequado para a vida nas montanhas.
– Perigo...? Ele acha que viemos aqui para tomar seu território?
Olho em volta.
– Com certeza ele não deve estar sozinho, mas também não posso dormir lá fora. Teremos de batalhar, Treecko.
O Pokémon ao meu lado fica preparado e dá alguns passos para frente.
BATALHA:
– Use Leer para diminui o ataque dele, Treecko! Em seguida, ataque com pound! Tenha cuidado com seu chifre.
Ordenei. Treecko então usou o Leer na direção a Absol, que deu um salto para tentar escapar, entaõ Meu Pokémon então avançou com pound, mas absol também agiu e, no meio da queda, se posicionou no ar e usou Taunt, acertando Treecko e fazendo com que o pound se tornasse inútil.
– Livre-se desse Taunt e use pound! – Disse. Treecko começou a correr de um lado para o outro até conseguir se livrar do Taunt, e então, usou pound. Mas o outro Pokémon conseguiu desviar e o ataque acertou a parede, criando um enorme buraco no local. Uma rachadura acabou sendo criada e chegou ao teto, fazendo alguns pedaços de concreto caírem. A habilidade de absol era incrível, e ele desviou de todos, mas um caiu em cima de Treecko, machucando-o.
– Você está bem?
Pergunto assustado. Ele assente com seriedade.
– Certo! Use pound novamente!
O Pokémon de planta avançou e acertou o absol diretamente com o pound, e tal colidiu com vários equipamentos causando uma explosão. A fumaça tomou conta do local, e me impedia de ver como estava o estado dos Pokémon.
– Treecko!
Chamo. Ele surge da fumaça mais ferido. A fumaça já estava saindo pelas janelas abertas, minha visão melhorou até conseguir enxergar até o outro lado da sala. Absol. ainda estava de pé, mas em um estado pior do que Treecko. A região de sua pele que era branco começou a brilhar e pequenos feixes de raios o rodava. Ele estava usando Quick attack.
– Vamos terminar com isso, Treecko!
Disse, e ele assentiu. Absol disparou o Quick attack e Treecko avançou em sua direção.
– Desvie do Quick attack e termine tudo com pound!
Digo alto demais. Mas funciona: Treecko consegue desviar do Quick attack do absol e o acerta com pound.
O Pokémon elétrico desaba no chão, desmaiado.
DEPOIS DA BATALHA:
– Essa é a hora!
Digo, pegando uma Pokébola vazia com o braço bom.
– Great ball, vai!
E disparo na direção do Pokémon caído no chão. Um feixe azul cobre-o e a esfera puxa. Ela cai no chão e balança lentamente de um lado para o outro. Então para.
– Conseguimos Treecko!
Comemoro com um sorriso meio torto. Caminho com dificuldade até os Pokémon e pego a Pokébola do chão, reduzo-a e coloco num bolso de um cinto especial.
– Muito obrigado, Treecko. Agora você vai descansar e... Bom, eu também.
Digo, fazendo o Pokémon de grama retornar à sua Pokébola.
Volto, lentamente, para o canto da sala, encosto na parede e tento pegar no sono. Porém, vejo vários vultos se aproximando e fico apavorado.
Vários Pokémon elétricos e normais estavam ao meu redor. Todos furiosos.
Prontos para atacar. Lanço o meu Pancham e todos eles correm morrendo de medo, e eu me deito atrás do meu pokemon até que a chuva acabar.